domingo, 29 de janeiro de 2012

O BESTIÁRIO DA BESC (4)

O TIGRE



No tigre louvo a ciência
de não tocar violino
essa a violenta fragrância
da flor húmida do seu focinho.

O violino que é a metáfora
melodiosa do assassino
o som do afiar da lâmina
propriamente o raciocínio.

O risco de luz na selva
por isso do tigre exalto
que uma estrofe de sangue escreve
no jorro puro do salto.

Natália Correia, O solstício da besta


Poema escolhido pelos alunos de Literatura Portuguesa das Turmas C e D do 10º Ano

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