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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Namora uma rapariga que lê

 
 
                        
Só boas razões...
 
"Namora uma rapariga que lê. Namora uma rapariga que gaste o dinheiro dela em livros, em vez de roupas. Ela tem problemas de arrumação porque tem demasiados livros. Namora uma rapariga que tenha uma lista de livros que quer ler, que tenha um cartão da biblioteca desde os doze anos.

Encontra uma rapariga que lê. Vais saber que é ela, porque anda sempre com um livro por ler dentro da mala. É aquela que percorre amorosamente as estantes da livraria, aquela que dá um grito imperceptível ao encontrar o livro que queria. Vês aquela miúda com ar estranho, cheirando as páginas de um livro velho, numa loja de livros em segunda mão? É a leitora. Nunca resistem a cheirar as páginas, especialmente quando ficam amarelas.

Ela é a rapariga que lê enquanto espera no café ao fundo da rua. Se espreitares a chávena, vês que a espuma do leite ainda paira por cima, porque ela já está absorta. Perdida num mundo feito pelo autor. Senta-te. Ela pode ver-te de relance, porque a maior parte das raparigas que lêem não gostam de ser interrompidas. Pergunta-lhe se está a gostar do livro.

Oferece-lhe outra chávena de café com leite.

Diz-lhe o que realmente pensas do Murakami. Descobre se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entende que, se ela disser ter percebido o Ulisses de James Joyce, é só para soar inteligente. Pergunta-lhe se gosta da Alice ou se gostaria de ser a Alice.

É fácil namorar com uma rapariga que lê. Oferece-lhe livros no dia de anos, no Natal e em datas de aniversários. Oferece-lhe palavras como presente, em poemas, em canções. Oferece-lhe Neruda, Pound, Sexton, cummings. Deixa-a saber que tu percebes que as palavras são amor. Percebe que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade – mas, caramba, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco com o seu livro favorito. Se ela conseguir, a culpa não será tua.

Ela tem de arriscar, de alguma maneira.

Mente-lhe. Se ela compreender a sintaxe, vai perceber a tua necessidade de mentir. Atrás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. Nunca será o fim do mundo.

Desilude-a. Porque uma rapariga que lê compreende que falhar conduz sempre ao clímax. Porque essas raparigas sabem que todas as coisas chegam ao fim. Que podes sempre escrever uma sequela. Que podes começar outra vez e outra vez e continuar a ser o herói. Que na vida é suposto existir um vilão ou dois.

Porquê assustares-te com tudo o que não és? As raparigas que lêem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Excepto na saga Crepúsculo.

Se encontrares uma rapariga que leia, mantém-na perto de ti. Quando a vires acordada às duas da manhã, a chorar e a apertar um livro contra o peito, faz-lhe uma chávena de chá e abraça-a. Podes perdê-la por um par de horas, mas ela volta para ti. Falará como se as personagens do livro fossem reais, porque são mesmo, durante algum tempo.

Vais declarar-te num balão de ar quente. Ou durante um concerto de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Pelo Skype.

Vais sorrir tanto que te perguntarás por que é que o teu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Juntos, vão escrever a história das vossas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos ainda mais estranhos. Ela vai apresentar os vossos filhos ao Gato do Chapéu e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos da vossa velhice e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto tu sacodes a neve das tuas botas.

Namora uma rapariga que lê, porque tu mereces. Mereces uma rapariga que te pode dar a vida mais colorida que consegues imaginar. Se só lhe podes oferecer monotonia, horas requentadas e propostas mal cozinhadas, estás melhor sozinho. Mas se queres o mundo e os mundos que estão para além do mundo, então, namora uma rapariga que lê.

Ou, melhor ainda, namora uma rapariga que escreve."

 
Texto de Rosemary Urquico, Tradução “informal” de Carla Maia de Almeida para celebrar o Dia Mundial do Livro, 23 de Abril.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Exposição "Passion Fruit"

EXPOSIÇÃO PASSION FRUIT


Está patente na Biblioteca da nossa escola uma exposição integrada no Projecto Educação para a Saúde, subordinada ao tema Passion Fruit que envolve a turma D do 11º ano e a turma de Inglês do 12º ano, da qual fazem parte alunos das turmas A, B, C e D. Esta actividade teve como objectivo comemorar o Dia dos Namorados, Dia dos Afectos, que a nível concelhio se celebrou no dia 11 do corrente mês.

Embora a origem da expressão Passion Fruit esteja relacionada com a Paixão de Cristo, pretendeu-se apenas dar asas à criatividade dos alunos, levando-os a “brincar” com estas duas palavras.



Within each soul lies passion,

The fruit of darkness, light and power

Some worship it, while others disdain it

Some hold it in and some push it out

Only a few can taste it, only a few can know

of all the beautiful places and people of our world

None compare to passion fruit's allure.

Anonymous

Profs. Cristina Ramalho e Cristina Evangelista

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Exposição "Dia dos Namorados, Dia dos Afectos"


A partir do próximo dia 9 de Fevereiro, vai estar no Fórum Barreiro, uma Exposição de Cartazes elaborados por alunos das várias escolas do concelho do Barreiro. A exposição intitulada "Dia dos Namorados, Dia dos Afectos" pretende ser uma forma diferente de comemorar o dia 14 de Fevereiro - Dia de São Valentim, procurando chamar a atenção para a importância dos afectos, no âmbito da Educação para a Saúde.

Em simultâneo com a Exposição, vai decorrer um concurso para eleger o melhor cartaz. A nossa escola vai estar representada por dois cartazes, pelo que desde já fica o convite para uma visita e para a participação na votação.



Não esquecendo a importância de partilhar afectos... um beijo, um abraço!


Isabel Lopes